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Nazaré

O núcleo populacional inicial que se estabeleceu na Pederneira, era oriundo do extinto porto de Paredes.

A fixação no local deve-se ao facto de então a baía ser mais reentrante e o mar atingia os confortes da serra onde hoje existe a Pederneira.

A vila da Pederneira foi fundada em finais do século XV e situava-se cerca de 2 km a norte do primitivo porto. O porto já existia em 1190 e em 1195 era já uma das paróquias dos Coutos de Alcobaça.

Foi um dos mais ativos do reino e um importante estaleiro de construção naval, mas o progressivo assoreamento da zona lagunar acentuado no século XVIII acabou por ditar a sua inutilização.

Em pleno século XIX a praia da Nazaré vai conhecer o primeiro surto de desenvolvimento, com a chegada dos pescadores oriundos de Ílhavo, Buarco, Quiaios, Aveiro e Lavos. Concomitantemente inicia a sua faceta de estância balnear com a edificação de casas e residências para os banhistas.

Em 1850 fez-se o primeiro desvio da foz do rio Alcoa, surgindo um mais amplo areal. A hoje praça Sousa Oliveira era denominada por lago da madeira, onde existia um poço com três aberturas que servia de abastecimento de água á população, neste largo encontrava-se virado para o mar o açougue e nas partes laterais os edifícios onde se alojavam os banhistas e os negociantes da madeira proveniente do pinhal de Leiria. Em 28 de Julho de 1888 é inaugurado o ascensor que liga a Nazaré ao Sitio.

A Nazaré desde sempre tem uma história ligada ao mar, daí que não surpreendam as inúmeras capelas e igrejas sitas no seu território desde tempos medievos. Atualmente tornou-se cartaz turístico internacional quando o americano Gareth Mcnamara surfou a onda gigante na praia do Norte. Este fenómeno das ondas gigantes é fruto do famoso "Canhão da Nazaré" que lhes confere uma amplitude e potência verdadeiramente invulgares. Desde então a Nazaré converteu-se em local culto para os "Big Raiders" que todos os anos aqui permanecem durante longas temporadas.

 

O concelho: É composto por freguesias de Famalicão, Nazaré e Valado dos frades. Tem uma área de 95.20 km2 e cerca de 28.000 habitantes permanentes, número que dispara durante o período de verão. 

A principal atividade económica do concelho tem a ver com o turismo, sendo um postal turístico as mulheres nazarenas com as suas típicas sete saías, a disponibilizarem alojamentos. A pesca constitui outro polo de atividade económica, embora já sem a importância de outros tempos. 

Festividades: As festividades de Nossa Senhora da Nazaré em honra da santa com o mesmo nome, são um enorme fator de devoção religiosa e cujo culto remota ao inicio da portugalidade e tem origem no milagre que envolveu o cavaleiro D. Fuas Roupinho, milagre esse que motivou a construção de um ermida designada por da Memória e posteriormente do Santuário de Nossa senhora da Nazaré.

Igualmente os folguedos carnavalescos atingem na Nazaré uma genuina expressão popular, atraindo á localidade milhares de pessoas.

A passagem de ano no areal é desde á largos anos uma atração turística de grande relevância, esgotando com larga antecedência os alojamentos locais.

Para os amantes do desporto a Nazaré realiza anualmente a meia maratona da Nazaré que é atualmente a mais antiga prova de estrada do país.

Monumentos: 

Santuário da Nossa senhora da Nazaré: Templo erguido pelo rei D. Fernando. Desenvolveu-se o culto medieval a Santa Maria da Nazaré, que era adorada como protetora dos homens em situações de risco (naufrágios, doenças etc...)

Capela da Memória: Situa-se no sitio da Nazaré e foi mandada erigir por D. Fuas Roupinho como forma de agradecimento á Virgem pelo seu Salvamento. Consta de dois pisos, sendo o inferior constituído pela gruta primitiva e superior pela capela revestida de azulejos que se supõe serem do século XVII.

Esta capela tornou-se um local de romagem, muitos dos navegadores portugueses antes de empreenderem as suas viagem aqui vieram pedir a intercessão da Virgem.

 

Templo de S. Gião: É único na Península Ibérica por apresentar um grande anteparo que separava em absoluto os acessos aos ofícios religiosos entre os monge e os leigos. 

Forte de São Miguel: Foi Fortificação militar, até ser convertido em farol de apoio á navegação. Foi ocupado pelos invasores franceses em 16 de Julho de 1808 que nele se mantiveram até 15 de Março de 1811 de onde foram escorraçados pela ação heróica da população nazarena.

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