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Um pouco da história da nossa região...
São Martinho do Porto
A sua origem remonta a muitos séculos antes da era de Cristo. A origem da povoação pode fixar-se numas cabanas de pescadores construídas na encosta.
Em 1147 D. Afonso Henriques promete que se ganhar batalha de Santarém dará todas as terras que se avista da serra dos candeeiros á ordem de Cister.
Desde então e até 1834 São Martinho será parte integrante dos coutos de Alcobaça.
O nome S. Martinho vem da forte ligação que os cistercienses tinham com S. Martinho de Dume, e o primeiro rei de Portugal tinha igualmente grande devoção ao Santo e por isso Abade de Alcobaça Frei Estêvam Martins desse este nome a este belo Porto.
No século XIII a região já era arroteada pelos monge agrónomos de Alcobaça e S. Martinho tornou-se assim um porto de escoamento da produção dos coutos de Alcobaça, com inerentes vantagens económicas.
Em 1527 é elevado a sede de concelho por El rei D. João III, em 1854 é extinto o concelho de S. Martinho e integrado no de Alcobaça, onde ainda se mantém.
S. Martinho começou por se impor como estância balnear da nobreza e da burguesia a partir do século XIX, associada ao sucesso do Termalismo das Caldas da Rainha, estância de eleição do rei e da sua corte, pela extrema facilidade de acesso que recém inaugurado caminho de ferro proporcionava se converteu em complemento dos banhos termais.
A freguesia:
Com 15.01 Km2 de superficie, engloba a vila do mesmo nome, os lugares do Vale do Paraíso, Serra dos Mangues e Venda Nova. Além da praia de São Martinho, pertencem-lhe, para norte a praia da Gralha e a sul a praia do Salgado.
O recenseamento de 1999 indicou 2308 habitantes, embora esse número triplique durante a época balnear. A actividade económica mais relevante é o turismo e tudo com ele relacionado. Embora ultimamente tem tido desenvolvimento crescente a apanha das algas submarinas com a consequente mais valia financeira que a atividade gera.
A baía:
A baía que hoje prende todas as atenções da vila nem sempre foi assim, a concha azul perfeita. Tempos houve em que uma extensa laguna se estendia alguns quilómetros até a vila de Alfeizerão.
A praia situa-se no fundo da baía com o mesmo nome e comunica com o mar por uma barra rochosa estreita de cerca de 200 metros de largura. Tem cerca de 2.3 km de comprimento e apresenta a forma semi-circular, dai a designação de concha.
Praia da Gralha:
Situa-se a norte de S. Martinho, encostada numa pequena baía entre as arribas da Serra dos Mangues e do Facho. É uma praia pequena confinada a uma estreita faixa arenosa de 1.5 km de comprimento e 100 a 120m de largura na baixa mar.
Arquitectura:
São dos fins do século XIX os edifícios de arquitectura mais rica ainda hoje existentes, infelizmente muitos outros construídos ao longo da avenida da marginal foram sacrificados para dar lugar a blocos de apartamentos. O que veio alterar significamente a paisagem urbana e destruir o aspecto de anfiteatro que caracterizava a vila.
Locais de Culto e festividades religiosas:
Igreja Paroquial de São Martinho, templo de aspecto modesto, sem valor arquitectónico, esta igreja é de invocação a São Martinho que segundo a lenda, tirou a sua capa e abrigou um pobre que morria de frio...Deus, quis premiar a bondade de Martinho e fez o milagre de em Novembro descobrir um sol esplendoroso como se fosse verão.
Capela de Santo António: Situa-se num cabeço que tem o nome do Santo, segundo consta a sua origem remonta á época muçulmana ou árabe, altura em que teria sido erguida uma mesquita. Com a reconquista cristã, esta terá sido destruída e em seu lugar edificada a atual capela para refugio e amparo dos pescadores nas horas de aflição.
Cruzeiro: Foi inaugurado em 1940 no cimo do morro de Santo António a norte da capela com o mesmo nome com os dizeres da inscrição nele gravada: VII CENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA E III DA RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL.
Farol de Santo António: Faz parte de um sistema de orientação aos marinheiros que inclui mais dois farois de enfiamento situados nas dunas em frente á barra.
Túnel: Foi mandado abrir pela Direção Geral dos Serviços Hidráulicos em 1948 para permitir o desvio do coletor de esgotos diretamente para o mar. Interessante observar a diferença entre as água calmas da baía e o agitado e violento mar fora da barra.
Cais: A primeira pedra foi lançada em 1828 coma presença do rei D. Miguel. Foi reparado em 1889 e acrescentado em 1934 com a finalidade de acompanhar o coletor de esgotos que tinha saída para a barra ainda dentro da baía.
Casa da antiga estação do caminho de ferro: Este edifício marca o término do antigo caminho de ferro de tração animal que ligava a Marinha Grande ao porto de São Martinho. Este ramal permitia o escoamento dos produtos da região de Leiria e os vidros e madeiras da Marinha Grande.
Casa das Palmeiras: Foi construído nos finais so século XIX por Vitorino Froes, cavaleiro tauromáquico, criador de touros e abastado agricultor. Por detrás do palacete existiam cavalariças e acomodações para os criados. O rei D. Carlos passou vários Verões coma restante família real.
Outeiro: É o casco velho da vila, situa-se na parte alta da mesma, onde predominam as ruas estreitas e acidentadas, pavimentadas com seixo rolado.
Estação da CP: Reúne um conjunto de edifícios que atestam a importância que o transporte ferroviário teve em S. Martinho. São magníficos exemplares que conservam a arquitectura da época.